UNILA divulga melhorias na solicitação de passe veicular para entrada no Parquetec

Após pesquisa com os usuários do estacionamento próximo à barreira de Itaipu (que será fechado em 26 de junho), o Parquetec implementou melhorias no processo de solicitação de passe definitivo para acesso aos estacionamentos internos. Em virtude da retomada das obras do Campus Arandu, o estacionamento localizado atrás da Central de Credenciamento (na Barreira Itaipu – ME) será fechado a partir de 26 de junho. Dessa forma, após uma pesquisa com os usuários desse estacionamento, identificaram-se os principais motivos pelos quais alguns não utilizam seus veículos próprios para acessar o Itaipu Parquetec: titularidade do veículo; veículos com placa estrangeira; duração do processo; e desconhecimento do fluxo para solicitação. Para sanar essas questões, em tratativas conjuntas com a UNILA, o Parquetec implementou melhorias no processo de solicitação de passe definitivo para acesso aos seus estacionamentos internos: Para solicitar o passe definitivo, os interessados devem seguir os seguintes trâmites: Em complemento, visando ampliar as alternativas, em parceria com a Itaipu Binacional, haverá a abertura de novas vagas no estacionamento da Central de Credenciamento, que serão ocupadas por ordem de chegada. Por último, orienta-se à comunidade da UNILA que, caso não possuam passe para acesso ao Itaipu Parquetec, utilizem o estacionamento da Unidade Jardim Universitário para guardar seus veículos. Em seguida, devem fazer o deslocamento até o Parquetec por meio do serviço institucional de transporte interunidades, que realiza saídas frequentes ligando à barreira e também diretamente aos pontos internos do Parquetec (barrageiros e bloco 9). O quadro de horário está disponível na página da PROAGI.

UNILA e UNOPS encerram seleção de projetos para ações de extensão no Campus Arandu

Projetos vão fortalecer ações de infraestrutura, comunicação e diversidade durante a execução da obra do novo campus Chegou ao fim o processo de seleção das propostas de Ações Integradas de Extensão no âmbito da construção do novo Campus Arandu. A iniciativa, construída pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), através da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), em parceria com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), tem como objetivo fortalecer a relação entre a universidade e a sociedade por meio de ações que dialogam diretamente com a execução da obra. No total, foram recebidas 12 propostas, distribuídas entre três eixos temáticos principais: seis (6) na área de infraestrutura e organização de canteiro de obras; três (3) na linha de comunicação e memória; e três (3) no eixo de gênero, diversidade e inclusão social. Após um criterioso processo de avaliação, que levou em conta aspectos como pertinência temática, viabilidade técnica e operacional e relação com a obra do Campus Arandu, foram aprovadas cinco propostas, distribuídas entre os três eixos principais da seguinte forma: Eixo 1: Infraestrutura e organização de canteiro de obras– Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil: Aplicação do PGRCC e Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis no Campus Arandu da UNILA Eixo 2: Comunicação e memória– Modelação Arquitetônica e Paisagística do Campus Unila Arandu– O Oscar e a UNILA: Livreto Infantil sobre o arquiteto e a obra do campus arandu Eixo 3: Gênero, diversidade e inclusão social– Rede de escuta e diálogo feminista– Desenvolvimento do potencial empreendedor local Foram priorizadas iniciativas com potencial de impacto social e de articulação com a comunidade local que deverão ser desenvolvidas ao longo dos próximos seis meses com possibilidade de extensão para um ano. Para apoiar a execução dos projetos selecionados, serão disponibilizadas 10 bolsas para estudantes da UNILA, sendo duas bolsas vinculadas a cada um dos cinco projetos aprovados. Os/as proponentes das propostas aprovadas receberão orientações sobre os procedimentos necessários para a formalização dos projetos, incluindo os processos relacionados à seleção de bolsistas e ao registro no sistema SIGAA através da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX).

Expansão de infraestrutura é fundamental para aprimorar atividades acadêmicas

Moradia estudantil e outras edificações estão em fase de planejamento e obras devem ter início neste ano Para enfrentar as dificuldades relacionadas à falta de espaços adequados para as atividades acadêmicas, a UNILA tem investido fortemente em infraestrutura e aquisição de novos equipamentos. O Campus Arandu, cuja construção deve ser retomada neste semestre, é uma das várias iniciativas de expansão da infraestrutura da universidade. Outros projetos, como a moradia estudantil e espaço para laboratório também fazem parte deste plano de crescimento, aprimorando as condições para estudo, trabalho, pesquisa e intercâmbios acadêmicos e culturais. Com um investimento de R$ 752 milhões, o Campus Arandu é o projeto de maior envergadura da universidade. O valor significativo dessa obra está diretamente relacionado à grandeza das edificações – que somam 79.278 metros quadrados –, mas o campus também aporta um valor simbólico inestimável, por ser o último projeto de Oscar Niemeyer, arquiteto ícone do modernismo brasileiro, mundialmente conhecido. “Esse campus materializa o encontro da UNILA com a obra de Oscar Niemeyer, uma personalidade emblemática da arquitetura mundial que compartilhava o mesmo sonho da integração latino-americana”, destaca a reitora da UNILA, Diana Araujo Pereira. “Temos a expectativa de finalmente superar um fator que é um dos grandes gargalos da UNILA, desde a sua implantação: a falta de espaço físico próprio para o seu pleno funcionamento”, observa. Considerada uma obra-monumento, de importância artística e histórica, o campus também poderá ser uma fonte de recursos econômicos para a cidade de Foz do Iguaçu. “O Campus Arandu não apenas consolida o espaço necessário para nossos professores, estudantes e servidores técnicos, como também tem potencial para atrair a comunidade acadêmica e outros organismos e instituições internacionais, que certamente poderão impulsionar a economia e o turismo de Foz do Iguaçu e região.” A retomada das obras do Campus Arandu foi viabilizada por meio de um acordo de cooperação internacional entre a Itaipu e o UNOPS, organismo da ONU especializado em infraestrutura, assinado em dezembro de 2023. O Ministério da Educação (MEC) também participa do acompanhamento do projeto. A Itaipu Binacional é a principal fonte de recursos para a retomada e conclusão do Campus Arandu. A instituição, que tem investido em diversos projetos sociais, faz parte da história da UNILA desde antes da sua criação, quando em 2007 a Comissão de Implantação propôs a criação do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (IMEA), em convênio com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Itaipu Binacional. Leia mais sobre a história da formação da UNILA. Os investimentos da Itaipu Binacional tiveram início em 2008, com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica 032/GI-UFPR entre a Itaipu e a Universidade Federal do Paraná, na época tutora da UNILA. O documento define a Itaipu como responsável pela doação do terreno onde está sendo construído o Campus Arandu e pela contratação do projeto arquitetônico. A atual parceria entre a Itaipu e o MEC, possibilitou o acordo de cooperação pactuado em 2024 com o UNOPS, organismo das Nações Unidas (ONU) especializado em projetos de infraestrutura, que tem como finalidade retomar e concluir o novo campus da UNILA. As obras do Campus Arandu preveem a conclusão dos prédios do restaurante universitário, que foi adaptado para comportar também a biblioteca; da administração; das salas de aula; central de utilidades e galeria técnica; mais sistema viário e estacionamentos, que serão entregues de forma escalonada, entre 2026 e 2028. Ombo’éva – Quem ensina Além da construção do novo campus, há outros investimentos em infraestrutura que geram benefícios acadêmicos, mas também benefícios que extrapolam os muros da Universidade. Um exemplo é a construção do Ombo’éva: Green Smart Building – uma edificação no conceito Nearly Zero Energy Building (ou Nzeb “construções com energia quase nula”, em tradução livre). A parceria para a obra foi firmada em dezembro do ano passado entre a UNILA, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) e a Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FEESC), quando foi assinado um termo de cooperação técnica. Neste projeto, estão sendo investidos mais de R$ 1,94 milhão. Os recursos são provenientes da ENBPar (R$ 994.622,72) e da UNILA (R$ 947.222,74). O Ombo’éva, um prédio de, aproximadamente, 150 metros quadrados que vai abrigar um laboratório para impressões 3D, está projetado para ser uma edificação sustentável e de alta eficiência energética, com geração distribuída associada, de fonte renovável e que alcança um balanço anual energético próximo a zero. O projeto do Ombo’éva (que em guarani quer dizer “Quem ensina”) foi desenvolvido por uma equipe de 13 pessoas, que inclui docentes e estudantes da UNILA e parceiros da iniciativa privada. Segundo o Prefeito universitário, Ivan Dario Gomez Araujo, os projetos executivos estão sendo finalizados. “Como é uma obra especial, tem particularidades que demandam atenção”, diz ele. A licitação deve ocorrer em meados deste ano e Ivan Araujo espera que as obras sejam iniciadas no segundo semestre. O prédio será construído no Campus Integração. As edificações Nzeb atraem visitantes de todo mundo interessados em conhecer soluções ambientais, o que se torna também um ativo acadêmico e turístico para a UNILA e para a cidade. Após finalizada, a edificação deverá ser aberta à visitação por, pelo menos, dois anos consecutivos. Além das visitas, estão previstas palestras, cursos, treinamentos e seminários para demonstração e disseminação das técnicas e tecnologias presentes na edificação. Moradia Intercultural Estudantil A construção de uma moradia estudantil é outro exemplo da ampliação da infraestrutura da UNILA, que deve receber R$ 10 milhões – recursos do programa Novo PAC, do Governo Federal. O projeto foi encaminhado ao Conselho Universitário (CONSUN) para aprovação. “Toda ampliação de patrimônio deve passar pelo CONSUN”, explica Ivan Araújo. A moradia deverá atender cerca de 120 estudantes, com espaço total previsto de 2.900 metros quadrados, e será edificada no Campus Integração, onde já existem dois blocos de aulas e o alojamento estudantil. O edital de licitação deve ser publicado em meados deste ano. “Esse projeto teve início do zero. O projeto arquitetônico está pronto e vai ao CONSUN e estamos iniciando os projetos complementares [hidráulico,

Estudantes e professores de arquitetura e urbanismo da UNILA visitam instalações do Campus Arandu

A atividade faz parte da programação da semana de recepção ao calouro promovida pelo Centro Acadêmico do curso. Estudantes e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) visitaram as obras do novo Campus Arandu, projeto de Oscar Niemeyer, nesta segunda-feira (31). Promovida pelo Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo (CACAU), a visita aconteceu no primeiro dia de volta às aulas e integra a programação da semana de recepção ao calouro. “Trouxemos os alunos com a esperança de promover um debate no curso, e quem sabe inspirar os próximos projetos deles, além de trazer uma visão ampla e geral do que é um projeto arquitetônico”, explicou Marlene Caballero, presidente do CACAU. Ela ainda destaca que o novo campus é muito significativo para o curso de arquitetura e urbanismo. “É muito significativo ter uma obra de um dos maiores nomes da arquitetura brasileira, e envolver os alunos traz muita emoção para a gente”.  A equipe técnica do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e a equipe técnica da Prefeitura da UNILA, acompanharam a visita para mostrar as instalações, tirar dúvidas e explicar como funciona o processo de retomada da obra. Ao longo do último ano, por exemplo, foi realizado o diagnóstico construtivo das obras já iniciadas, bem como a revisão e atualização dos projetos para cumprir com novas normas técnicas e atender aos critérios de gênero, diversidade e inclusão previstos pelas diretrizes do UNOPS.  Para o professor Lúcio Freitas, do curso de arquitetura e urbanismo da UNILA, a visita permite uma imersão desde o primeiro dia de aula. “Eles já conseguem entender como é feito um projeto arquitetônico, como funciona uma obra, e que eventualmente pode acontecer dela ser paralisada. Também aprendem sobre como é o projeto de retomada, e isso é uma oportunidade única e de extrema importância para o amadurecimento da ideia de que a arquitetura não acontece apenas na sala de aula”, destacou.  Uma obra-monumento Projetado por Oscar Niemeyer em 2008, o Campus Arandu é considerado uma obra-monumento e representa um marco histórico para a cidade de Foz do Iguaçu, já que é um dos últimos projetos feitos pelo arquiteto ícone do modernismo brasileiro. Para além da sua importância enquanto monumento arquitetônico, a conclusão do campus trará um impacto significativo para a comunidade acadêmica. Com infraestrutura moderna e adequada, a universidade poderá expandir suas atividades de ensino e pesquisa, oferecendo melhores condições para alunos e professores e atraindo novos talentos acadêmicos. “Esta visita dá aos alunos a oportunidade de refletir sobre um projeto de Oscar Niemeyer, o arquiteto brasileiro com maior projeção internacional, e o que isso significa para uma universidade que tem a proposta de conexão com a América Latina e o Caribe”, explicou o professor de arquitetura e urbanismo da UNILA, Marcos Brito. O projeto original contempla seis prédios, sendo eles o edifício central, a biblioteca, o anfiteatro, dois grandes prédios para alunos e professores (um para salas de aula e outro para os laboratórios de pesquisa) e o restaurante universitário. Trata-se, como disse o próprio Niemeyer, de um “presente ao Brasil e à América Latina”. Atualmente, o UNOPS é responsável pela implementação da fase 1 das obras, que contempla a finalização do Edifício Central, do Restaurante Universitário e do Bloco de Salas de Aula. A previsão é de que o restaurante universitário seja inaugurado nos primeiros meses de 2026.  Juliana Fava, aluna do terceiro ano de arquitetura e urbanismo, destacou que é muito interessante visitar a obra e pensar que eles ainda poderão utilizar da estrutura antes do final do curso. “Imaginar a gente estudando aqui é muito legal, ainda mais sendo um projeto de Oscar Niemeyer. A gente vê o tamanho dos projetos dele, e ter isso em uma universidade federal é muito significativo”, concluiu. 

UNILA e UNOPS convidam docentes para reunião sobre ações de extensão ligadas ao Campus Arandu

Serão disponibilizadas 10 vagas para estudantes dos projetos selecionados A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) convidam docentes para participarem da discussão sobre uma proposta coletiva de Ações Integradas de Extensão no âmbito da construção do novo Campus Arandu. Será realizada uma reunião de orientação preliminar para a elaboração dos projetos em dois dias alternativos para ampliar a chance de participação dos/as docentes: uma no dia 1º de abril e outra no dia 4 de abril, as duas serão às 16h30, na Sala C-123 do prédio do Campus Jardim Universitário. Interessados devem confirmar presença pelo e-mail proex@unila.edu.br. O objetivo é fortalecer a relação entre a universidade e a sociedade, atendendo a demandas identificadas pela UNILA e pelo UNOPS. Os projetos enviados poderão concorrer às vagas oferecidas pelo UNOPS, segundo critérios estabelecidos pela instituição. Serão disponibilizadas 10 vagas para estudantes da UNILA. As ações contemplam três eixos principais: Toda a comunidade acadêmica está convidada a participar e fazer parte da construção da proposta. Dúvidas podem ser esclarecidas também pelo e-mail proex@unila.edu.br.

UNILA completa 15 anos de transformações em Foz do Iguaçu e na fronteira

Ao completar 15 anos, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana se consolida e promove uma série de avanços para a cidade de Foz do Iguaçu, localizada no interior do Paraná e na fronteira trinacional Em seus 15 anos de existência, completados em 12 de janeiro de 2025, e com a expectativa de chegar ao patamar de cerca de 10 mil estudantes nos próximos anos, a UNILA demonstra que a Universidade vem se constituindo como um polo de produção de conhecimento na América Latina. “São muitos os esforços administrativos e acadêmicos que a Universidade e o Ministério da Educação vêm empreendendo para fomentar uma instituição intercultural e internacionalista de ensino, pesquisa e extensão, com a certeza de que este empreendimento traz profundas transformações, positivas e benéficas para o território de fronteira trinacional no qual a UNILA está inserida, especialmente para a cidade de Foz do Iguaçu”, afirma a reitora da UNILA, Diana Araujo Pereira. Desde a sua fundação, a UNILA assume, como instituição federal de ensino superior da região de Foz do Iguaçu e fronteira, a missão de formar profissionais que possam contribuir para o desenvolvimento do território local e regional. Nos últimos anos, tem sido significativo o número de egressos e egressas atuando na cidade e na fronteira, em áreas como saúde, educação, cultura, desenvolvimento urbano e políticas públicas e internacionais, entre outras. “A UNILA, em Foz do Iguaçu, contribui de forma muito ampla para a democratização do acesso ao ensino superior, por ser um espaço de formação profissional e cidadã voltado aos jovens da América Latina e do Caribe, mas também com a preocupação local de formar os filhos da classe trabalhadora e de grupos socialmente vulneráveis do nosso espaço de fronteira. Todos e todas devem ter as mesmas oportunidades de se tornarem médicos, professores, cientistas, cineastas, arquitetos, entre tantas possibilidades que oferecemos, e com isso transformarem suas vidas e a realidade do seu entorno”, destaca Diana. Além do acesso, os cursos da UNILA têm a preocupação com a qualidade na formação de seus alunos. “Já formamos milhares de profissionais que hoje atuam em diversas áreas, contribuindo para o desenvolvimento da região e do Brasil. A nossa universidade não apenas capacita estudantes, mas os prepara para enfrentar desafios globais e regionais, incentivando o pensamento crítico, a inovação e o compromisso com uma atuação qualificada no serviço público e privado”, completa Antonio Machado Felisberto Junior, pró-reitor de Graduação Segundo a reitora, a consolidação da UNILA na fronteira trinacional permite reter talentos na região para impulsionar o desenvolvimento científico, socioeconômico e cultural local, isso porque os jovens da comunidade passam a ter acesso a uma educação de qualidade, inclusiva e diferenciada, sem a necessidade de migrar para outras cidades e estados em busca de formação acadêmica.  Ações na comunidade A cada ano, a Universidade vem firmando seu compromisso com o desenvolvimento do seu entorno, conforme demonstrado com as ações acadêmicas e administrativas que geram inúmeros benefícios educacionais, econômicos e culturais para a região. Em 2024, a UNILA contribuiu com mais de 300 ações de extensão, entre projetos, eventos e cursos destinados à comunidade. As ações desenvolvidas na cidade e às margens da fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, contemplaram diversas áreas de interesse da sociedade, como saúde, educação, moradia e meio ambiente e beneficiaram um público estimado de 68 mil pessoas no último ano.   “É importante mencionar que a UNILA tem contribuído de forma permanente para a rede de educação e de saúde pública de Foz do Iguaçu via ensino, pesquisa e extensão, em diversos âmbitos do desenvolvimento da região, como é o caso da nossa participação na formação continuada de professores e professoras, ou na promoção da saúde da população”, declara a pró-reitora de Extensão, Andreia Moassab. A atuação de estudantes e docentes da UNILA, em especial os do curso de Medicina, de Biotecnologia e de Saúde Coletiva, nos hospitais e aparelhos de saúde pública de Foz do Iguaçu e municípios vizinhos, tem auxiliado na melhoria dos serviços de saúde, contribuindo para dar assistência à população e para a formar futuros médicos familiarizados com a realidade do SUS.  “Em média, temos 120 alunos no internato médico que acompanham as rotinas hospitalares de atenção primária e atuam em serviços de urgência e emergência no SUS, bem como em unidades básicas e outros setores da saúde pública. Essa interação entre Universidade e hospitais possibilita a capacitação da rede de saúde, com a troca de conhecimentos e a implementação de práticas baseadas em evidências científicas, impactando positivamente o atendimento à população. Isso se dá também por meio de projetos acadêmicos desenvolvidos para a atenção primária, para epidemiologia e para estratégias de prevenção”, destaca o pró-reitor de Graduação. Auxiliando na qualificação da rede de saúde, a UNILA oferece ainda, como pós-graduação, a Residência Multiprofissional em Saúde da Família.  Antonio Machado lembra ainda que, durante a pandemia, a UNILA teve uma participação ativa no combate à Covid-19, demonstrando sua relevância social e seu compromisso com a saúde pública. Professores e estudantes do curso de Medicina atuaram em diferentes frentes, dando apoio à estrutura hospitalar com o atendimento nos serviços de saúde. Através de ações de ensino e extensão, a Universidade produziu insumos como máscaras e álcool em gel, para suprir a demanda dos profissionais da linha de frente. A UNILA também contribuiu com as campanhas de testagem e as ações de vigilância epidemiológica, em parceria com a Prefeitura de Foz do Iguaçu, e com a realização de ações de prevenção e cuidados contra a Covid-19, promovendo acesso a serviços de saúde para comunidades indígenas, de migrantes e de pessoas em situação de vulnerabilidade. Internacionalização A inserção anual de novos estudantes, bem como a incorporação de um corpo docente altamente qualificado e de servidores de diferentes cidades do Brasil, cria um ambiente propício para a inovação e o crescimento regional. A UNILA tem hoje estudantes de mais de 30 nacionalidades, e os eventos acadêmicos ajudam a impulsionar a interculturalidade. Um exemplo disso é o percentual de estudantes internacionais nos cursos de graduação, que teve um aumento de 138% dos inscritos nos processos seletivos realizados entre 2021

Gênero, diversidade e inclusão no Campus Arandu foi tema de oficina na UNILA

Objetivo foi apresentar o plano de ações e debater possíveis pontos de atenção durante a execução das obras. Entre os dias 19 e 20 de fevereiro, o UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em infraestrutura, com o apoio da Secretaria de Ações Afirmativas e Equidade da UNILA, realizou, em Foz do Iguaçu, uma oficina de qualificação do plano de ações de gênero, diversidade e inclusão (GDI) no contexto das obras do Campus Arandu.  A atividade, exclusiva para a comunidade acadêmica da universidade, reuniu cerca de 30 pessoas entre docentes, servidores e servidoras, estudantes e representantes de coletivos estudantis relacionados ao tema. O objetivo foi apresentar o plano de ações e debater possíveis pontos de atenção para aprimorar as ações de GDI na execução das obras, garantindo que o novo campus seja um espaço mais inclusivo e acessível para todas as pessoas. A especialista em gênero, diversidade e inclusão (GDI) no projeto, Ana Laura Lobato, liderou a atividade e explicou que dentro dos critérios de êxito de GDI para projetos do UNOPS, a participação da comunidade é uma das mais importantes, pois garante que os interesses e necessidades de grupos diversos possam ser atendidos.  Divididos em grupos, os participantes da oficina fizeram sugestões no contexto das obras, para a população em geral, e para a comunidade acadêmica da UNILA. Entre as sugestões apresentadas, ao final, pelos participantes da oficina, estiveram a utilização de linguagem acessível e inclusiva nos materiais de comunicação, treinamentos de prevenção contra a exploração e o abuso sexual (PSEA) para a comunidade externa, fortalecimento da contratação de mão de obra de grupos prioritários e promoção de uma cultura anti-LGBTfobia, anti-racista e anti-xenofobia não apenas durante as obras, mas também durante a ocupação do novo campus.  As informações recolhidas durante a oficina serão sistematizadas e compartilhadas com a UNILA. Além disso, será feito um estudo de prioridade para execução das ações de gênero, diversidade e inclusão (GDI) ao longo do período do projeto, garantindo a participação efetiva da comunidade durante o processo de retomada das obras. Contagem regressiva A oficina acontece em paralelo ao processo de avaliação das propostas recebidas nos editais de licitação para execução e fiscalização da obra, encerrados nas últimas semanas, e que contemplam aspectos de GDI.  A empresa responsável pela execução da obra do Campus Arandu precisa, durante a execução do projeto, realizar atividades como a mobilização para contratação de mão de obra de grupos diversos, a exemplo de mulheres, migrantes e pessoas com deficiência, além de outras atividades que abrangem diferentes níveis de trabalho no canteiro de obras. Com a qualificação do plano de ações nestas oficinas, ainda serão atualizadas as atividades voltadas à gênero, diversidade, prevenção ao assédio, entre outras temas que buscam garantir maior inclusão das pessoas.

Estudantes de Arquitetura da UNILA unem teoria e prática em maquete do Campus Arandu

Estudantes do quinto semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNILA apresentaram, na última quarta-feira (28), os resultados da atividade da disciplina Crítica e História da Arquitetura e Cidade III, em que precisaram estudar grandes obras e projetos arquitetônicos do mundo. A iniciativa, proposta pela docente Andréia Moassab, buscou estimular os alunos a explorarem exemplos de integração arquitetônica e urbana. Entre as obras estudadas, estavam as de quatro instituições de ensino projetadas por Oscar Niemeyer, sendo elas a Universidade de Brasília (UnB); a Universidade de Constantine, na Argélia; o Centro Técnico da Aeronáutica, em São José dos Campos; e o Campus Arandu, que terá as obras retomadas no início do próximo ano. Segundo Andréia Moassab, o objetivo da disciplina é um estudo aprofundado da arquitetura moderna, período que teve Niemeyer como um dos principais nomes. “Este semestre, por conta da retomada das obras para o Campus Arandu, achei pertinente debatermos arquitetura moderna a partir de projetos para campus universitários neste período”, explicou a docente. A análise arquitetônica do novo campus da UNILA foi feita pelas estudantes Júlia Cardim, Juciele Andrade, Rafaelly Morlin e Sabrina Hawila, que desenvolveram a maquete utilizando os desenhos e croquis originais do projeto disponibilizados pela equipe técnica do UNOPS. O prédio escolhido pelas estudantes foi o da Biblioteca, que compõe o projeto ampliado de Niemeyer para o Campus Arandu – mas que não será construído nesta retomada das obras (uma biblioteca será instalada no prédio do Restaurante Universitário, este sim contemplado na construção). Segundo a estudante Juciele Andrade, a atividade ofereceu a oportunidade de criar um modelo tridimensional que captura a essência do projeto e seu impacto para a Universidade. “A análise que a gente consegue fazer sobre o projeto com a construção material é muito diferente de analisar as plantas. Conseguimos perceber o movimento e a monumentalidade que será atribuída ao campus, além da importância dele dentro do cenário geopolítico da própria Universidade.” Comum nos cursos de arquitetura, as maquetes são essenciais para avaliar a escala, a proporção e a integração do projeto com o ambiente ao redor. No contexto acadêmico, como no projeto desenvolvido pelas alunas da UNILA, a maquete não só permitiu que elas experimentassem a aplicação prática de suas habilidades, mas também proporcionou uma compreensão mais profunda dos desafios e soluções envolvidos no projeto. “Ter um campus projetado por um arquiteto tão relevante e importante para a nossa história como brasileiras, estudantes e futuras arquitetas, reforça a importância do que estamos fazendo, do que estamos estudando, e do que a nossa universidade representa em termos de educação. O novo campus vai ter uma grande influência na vida de milhares de pessoas ao longo dos anos, e olhar para essa perspectiva é bem inspirador”, explicou a estudante Júlia Cadim. Para o gerente de projetos do UNOPS, Rafael Esposel, “a maquete do Campus Arandu mostra a importância de atividades que fortaleçam o vínculo entre os estudantes e o patrimônio arquitetônico da UNILA, e o UNOPS está à disposição para apoiar os projetos acadêmicos da universidade”. Apesar de a construção do edifício da biblioteca não estar prevista nesta primeira fase da retomada das obras do Campus Arandu, uma revisão no projeto do prédio do restaurante universitário possibilitou a execução da biblioteca no segundo pavimento do edifício, contemplando a demanda da Universidade. Além do prédio do restaurante universitário e biblioteca serão entregues o prédio administrativo e a central de salas de aula. A retomada física da obra deve ter início nos primeiros meses de 2025, com previsão de entregas em três fases ao longo dos próximos 3 anos.

UNOPS realiza escuta com especialistas da comunidade acadêmica sobre inclusão e diversidade nas obras do novo campus da UNILA

Na semana passada, entre os dias 4 e 6 de junho, em Foz do Iguaçu, o UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em infraestrutura, realizou um processo de escuta com a comunidade acadêmica sobre a perspectiva de gênero, diversidade e inclusão no projeto de construção do campus Arandu da Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA). Participaram 23 pessoas de 11 setores da universidade como observatórios, núcleos e grupos de pesquisa de temas relacionados ao tema. A intenção é realizar um levantamento das necessidades e possíveis adaptações no projeto original do novo campus, para garantir maior inclusão da comunidade acadêmica na sua diversidade social, cultural e linguística.  A especialista em gênero, diversidade e inclusão (GDI) e responsável pelas ações de GDI no projeto, Ana Laura Lobato, apresentou aos participantes a perspectiva do UNOPS em relação ao tema e como a organização trabalha para implementar esta perspectiva em seus projetos. Em seguida, as pessoas puderam falar sobre as dificuldades enfrentadas hoje pela comunidade acadêmica e as necessidades em termos de infraestrutura, iluminação, instalações, acesso, entre outras áreas importantes na execução do projeto. A retomada da obra foi estabelecida no final do ano passado, após assinatura de acordo de cooperação com o UNOPS. A finalização do campus será custeada com recursos destinados pela Itaipu Binacional, conforme acordado pela direção da hidrelétrica e o governo federal. O convênio não altera nenhum aspecto da gestão acadêmica, administrativa e financeira da Universidade. Foto: Fernanda Yumi/UNOPS Para o gerente de projetos do UNOPS, Rafael Esposel, este processo de escuta é fundamental, pois não existe infraestrutura que seja totalmente neutra. “A visão global do UNOPS é a de um mundo onde as pessoas possam levar uma vida plena através de uma infraestrutura adequada, sustentável e resiliente. Seguindo esta ideia, e neste projeto em específico, ouvir a comunidade acadêmica nesta etapa de revisão do projeto nos permite avaliar as melhores formas de entregar uma infraestrutura eficiente, acessível e que ajude a melhorar a vida das pessoas”.  Simultaneamente às escutas de GDI, o UNOPS está trabalhando no planejamento da execução da obra e revisão dos projetos executivos de arquitetura e engenharia, garantindo que sejam contempladas as atuais legislações de segurança e de acessibilidade.  A etapa de diagnóstico construtivo foi finalizada no final de maio, que consiste na avaliação do estado de execução e conservação das edificações para garantir que as atualizações a serem feitas nos projetos executivos durante a retomada contemplem todos os aspectos técnicos e de segurança, e as análises do material devem ser entregues até o final de junho.  A obra do novo campus, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, tem previsão de início para 2025, com entregas em três fases ao longo dos próximos 3 anos.

Arandu é lembrar que por debaixo da beleza do concreto armado, existe o barro ancestral!

ARANDU é um termo guarani, e a língua guarani é uma língua aglutinante, e analisando-a encontramos dois conceitos: Ára “tempo, espaço, cosmos” e Andu “sentir e ouvir”, (na língua guarani não separaram o exercício de ouvir e o de sentir). Em resumo, Arandu nos diz: na busca da sabedoria precisamos saber ouvir e sentir o tempo. Esta língua, que desde as “tierras bajas” na Bolívia passando pelo norte da Argentina e pelo Paraguai está presente em vários estados brasileiros, ainda pulsa nas vozes dessa comunidade. Mesmo sendo um dos primeiros povos que teve contato com a invasão europeia, ainda mantém a sua ARANDU.  E é essa sabedoria que a permite ter uma convivência de respeito com todos os seres do meio ambiente (concretos e abstratos). A relação de todos os seres na natureza passa por essa premissa, para conhecer, primeiro devemos entender. E o processo de entender, na sabedoria originária, se dá pelo tempo e pela sensibilidade que colocamos ao ouvir. Foto: UNILA/Divulgação O nome Arandu para o novo campus reflete que a escolha coletiva ouviu e sentiu mais de uma década de existência da UNILA e o aprofundamento da sua relação comunitária e epistêmica com a ancestralidade desta terra guarani, a cidade Foz do Iguaçu. Arandu também expressa a interculturalidade tão característica da Universidade e o plurilinguismo das fronteiras que a cercam.  Arandu dialoga também com o emblemático projeto pensado por Oscar Niemeyer, arquiteto cuja inventividade marcou o séc. XX. Um entusiasta da integração latino-americana, em seu projeto do campus da UNILA, a arquitetura espaçada por passarelas entre os edifícios convida os transeuntes a contemplar as edificações e a relação das mesmas com o ambiente não construído. Da mesma forma, Arandu convida a sentir-ouvir aquilo que não está visível, a buscar pela sabedoria originária para a integração com outros saberes da América Latina e compartilhar as Arandu deste continente. E lembrar ainda que, debaixo da beleza do concreto armado do novo campus, temos o barro desta terra ancestral. Texto: Mário Ramão Vilhalba (docente da UNILA) e Michele Dacas (relações públicas e secretária de comunicação da UNILA) *Artigo publicado em menção ao dia 19 de abril, dia dos povos indígenas.