Confira abaixo as principais perguntas e respostas sobre a parceria entre a Itaipu Binacional e o UNOPS para a finalização do novo campus da UNILA, o Campus Arandu.
A obra será concluída pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), um organismo da ONU especializado em infraestrutura, que está responsável pela conclusão da fase 01 das edificações destinadas ao campus da UNILA e em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O escopo do acordo inclui 1) realização de diagnóstico construtivo das obras já iniciadas, para verificação do seu estado atual e da necessidade de atualização de projetos de engenharia e arquitetura; 2) revisão e atualização dos projetos executivos de engenharia e arquitetura; 3) licitação e contratação da empresa construtora; e 4) gerenciamento e supervisão das obras, seguindo as normas do UNOPS e as melhores práticas internacionais em gestão de infraestrutura.
A implementação de todo o projeto (incluindo revisão e atualização de projetos e execução da obra) tem valor estimado de R$ 752 milhões, que serão custeados pela ITAIPU Binacional. Além de se tratar de um espaço público destinado ao exercício do saber e à troca de conhecimentos, o novo campus foi um dos últimos projetos assinados em vida pelo arquiteto Oscar Niemeyer, ícone do modernismo brasileiro, também conhecido por seus projetos de alta complexidade e magnitude. É, portanto, não somente uma edificação voltada ao ensino, à pesquisa e à extensão, mas também uma obra de arte a céu aberto.
A ITAIPU atuará como financiadora do projeto, disponibilizando os fundos necessários para realização da obra. Como financiadora, a ITAIPU irá monitorar o progresso do projeto para garantir a boa aplicação do dinheiro.
A destinação dos recursos foi pactuada pela direção brasileira da hidrelétrica e o governo federal. O convênio não altera nenhum aspecto da gestão acadêmica, administrativa e financeira da Universidade, que segue autônoma, como previsto pela Constituição Federal. A propriedade do campus é da UNILA.
A UNILA, através de suas equipes de gestão e de infraestrutura, e com o apoio do atual governo, vem acompanhando, intermediando, salvaguardando e unindo esforços para a retomada da obra. Desde o início da construção, em 2011, até a sua paralisação, em 2014, a universidade foi responsável por supervisionar a execução da obra pela empresa contratada via licitação, além de responder a auditorias internas e externas realizadas por órgãos de controle e intermediar acordos entre os autores dos projetos do campus e a empresa construtora, em busca de soluções para evitar a paralisação da obra.
No entanto, por motivos que escapam o alcance das atribuições da universidade, não foi possível garantir a entrega da obra, que foi paralisada com 41,58% do previsto para a etapa inicial do projeto. Somente em 2023, depois de definição do tema como prioritário, destinação de recursos pela Itaipu Binacional e assinatura de acordo de cooperação com o UNOPS, a UNILA finalmente se encontra no momento de finalizar o campus e garantir a autonomia universitária. Agora, com a atribuição da gestão e execução da obra para o UNOPS, a Reitoria da UNILA seguirá acompanhando ativamente a conclusão da nova sede.
A parceria entre UNILA, Itaipu e UNOPS prevê a conclusão de três edificações do campus: o edifício do restaurante universitário e biblioteca, o edifício central e o bloco de salas de aula. O projeto também passará por um período de diagnóstico e revisão em que será definida sua capacidade e quais cursos ocuparão o novo prédio. A ocupação será oportunamente discutida, com a devida transparência e participação da comunidade universitária.
Para o UNOPS, é muito importante garantir que as obras entregues sejam resilientes às mudanças climáticas e que promovam a inclusão de todas as pessoas, uma vez que a área de infraestrutura desempenha um papel crítico para o desenvolvimento e é responsável por cerca de 79% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo. É por isso que, no projeto de retomada das obras do novo campus da UNILA, as revisões vêm sendo feitas para que as edificações atendam às necessidades da comunidade acadêmica ao mesmo tempo que contribuem para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Para garantir que as edificações do campus sejam seguras e acessíveis, uma etapa fundamental é a atualização dos projetos de arquitetura e engenharia – um trabalho executado pelo UNOPS com a participação ativa de especialistas da UNILA e da Itaipu. Essa atualização leva em conta fatores como as condições da estrutura já construída, a manutenção e funcionalidade do campus a longo prazo, a preservação das características arquitetônicas de Oscar Niemeyer, a adequação às normativas que passaram a existir nos últimos anos e os prazos para a licitação da obra, que deve ocorrer ainda em 2024.
O nome foi escolhido após um processo de consulta com a comunidade acadêmica. Entre as opções disponíveis para votação estavam: Entrefronteras, Arandu, Solidaridad, Abya Ayala e Nuestra América. A divulgação do resultado ocorreu durante reunião do conselho superior universitário em abril de 2024 e também nos canais oficiais da UNILA.
Arandu, termo indígena escolhido para nomear o novo campus, significa “ouvir o tempo, vivenciar, ter sabedoria” em guarani. A nomeação “Campus Arandu” expressa a interculturalidade tão característica da UNILA, e o plurilinguismo do território de fronteira que cerca a obra.
Após a revisão do projeto ficou estabelecido que a entrada dos estudantes será feita por um acesso próprio da universidade localizado antes da barreira da ITAIPU, o que permitirá autonomia e maior fluidez para o fluxo de veículos e de pessoas.
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