Na semana passada, entre os dias 4 e 6 de junho, em Foz do Iguaçu, o UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em infraestrutura, realizou um processo de escuta com a comunidade acadêmica sobre a perspectiva de gênero, diversidade e inclusão no projeto de construção do campus Arandu da Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA). Participaram 23 pessoas de 11 setores da universidade como observatórios, núcleos e grupos de pesquisa de temas relacionados ao tema. A intenção é realizar um levantamento das necessidades e possíveis adaptações no projeto original do novo campus, para garantir maior inclusão da comunidade acadêmica na sua diversidade social, cultural e linguística.
A especialista em gênero, diversidade e inclusão (GDI) e responsável pelas ações de GDI no projeto, Ana Laura Lobato, apresentou aos participantes a perspectiva do UNOPS em relação ao tema e como a organização trabalha para implementar esta perspectiva em seus projetos. Em seguida, as pessoas puderam falar sobre as dificuldades enfrentadas hoje pela comunidade acadêmica e as necessidades em termos de infraestrutura, iluminação, instalações, acesso, entre outras áreas importantes na execução do projeto.
A retomada da obra foi estabelecida no final do ano passado, após assinatura de acordo de cooperação com o UNOPS. A finalização do campus será custeada com recursos destinados pela Itaipu Binacional, conforme acordado pela direção da hidrelétrica e o governo federal. O convênio não altera nenhum aspecto da gestão acadêmica, administrativa e financeira da Universidade.
Foto: Fernanda Yumi/UNOPS
Para o gerente de projetos do UNOPS, Rafael Esposel, este processo de escuta é fundamental, pois não existe infraestrutura que seja totalmente neutra. “A visão global do UNOPS é a de um mundo onde as pessoas possam levar uma vida plena através de uma infraestrutura adequada, sustentável e resiliente. Seguindo esta ideia, e neste projeto em específico, ouvir a comunidade acadêmica nesta etapa de revisão do projeto nos permite avaliar as melhores formas de entregar uma infraestrutura eficiente, acessível e que ajude a melhorar a vida das pessoas”.
Simultaneamente às escutas de GDI, o UNOPS está trabalhando no planejamento da execução da obra e revisão dos projetos executivos de arquitetura e engenharia, garantindo que sejam contempladas as atuais legislações de segurança e de acessibilidade.
A etapa de diagnóstico construtivo foi finalizada no final de maio, que consiste na avaliação do estado de execução e conservação das edificações para garantir que as atualizações a serem feitas nos projetos executivos durante a retomada contemplem todos os aspectos técnicos e de segurança, e as análises do material devem ser entregues até o final de junho.
A obra do novo campus, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, tem previsão de início para 2025, com entregas em três fases ao longo dos próximos 3 anos.